IMPA – INSTITUTO NACIONAL DE MATEMÁTICA PURA E APLICADA
Proposta para o concurso fechado de arquitetura para expansão do IMPA (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada), no Rio de Janeiro.
Proposta para o concurso fechado de arquitetura para expansão do IMPA (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada), no Rio de Janeiro.
O Pavilhão proposto tem uma volumetria única que ocupa toda a profundidade do terreno. A forma é suportada por uma cortina perimetral de brise-soleils em madeira laminada, que se abre aos acessos, no nível térreo, na frente virada ao Decumanus e também para as ruas laterais. O contorno facetado da cortina de brises evoca a divisão dos campos agrícolas e cria, para o observador, uma superfície vibrante e natural.
O Pavilhão proporciona abrigo e encadeia os espaços de forma a oferecer uma experiência sedutora e agradável, garantindo o conforto do público, independentemente do número de visitantes. Penetrável por fluxos de pessoas e de ar é como uma grande varanda onde se vivencia uma brisa leve e agradável. Por ser permeado pelo vento, recheado de luz, construído de forma racional e de baixo impacto ambiental, dinâmico em seu movimento, demos ao edifício o nome de Pavilhão-Brisa.
O Pavilhão-Brisa é estruturado em torno de uma experiência histórica do Brasil, que apresenta sua transformação nos últimos 40 anos: de um país com grande fragilidade na sua segurança alimentar para uma potência fundamental no suprimento de alimentos para todo o mundo. Uma história de inovação, ciência, tecnologia e desenvolvimento social.
A Casa Terra surge da intercalação de muros paralelos feitos de concreto pigmentado perpendiculares à galeria de circulação central. A articulação entre estes componentes gera espaços que, ora delimitam funções residenciais, ora criam pátios que se abrem ao jardim principal. O fechamento entre os planos verticais (paredes) e horizontais (lajes e piso) é feito com grandes panos de vidro que diluem os limites visuais entre a casa e a paisagem. O percurso ao longo da galeria atravessa a sucessão de aberturas e fechamentos criados e oferece contato visual constante com o exterior.
É o projeto de um volume habitável compacto situado em lote com o entorno cercado por prédios, em rua estreita. Foi necessário pensar numa gradual transição do ambiente urbano para o espaço residencial interno. A fachada frontal se apresenta como o elemento que articula essas ambiências através da sucessão de camadas que conformam uma paisagem em movimento.
No nível térreo, um brise de madeira cumaru protege o acesso principal, as suítes localizadas nesse pavimento e o pátio do subsolo, onde ficam os espaços destinados ao serviço.
No segundo e terceiro pavimentos, jardineiras alinhadas exibem paisagismo com densa vegetação em toda a extensão da fachada. E, à frente dessa cortina verde, persianas horizontais articuladas e presas em chapas metálicas que revestem as lajes, criam filtros de proteção ao sol da manhã e permitem, quando desejado, serem recolhidas para criar um generoso diálogo interior/exterior.
Esta é a primeira loja do restaurante Gurumê, especializado na culinária japonesa. O nome é uma variação despojada da palavra “gourmet” e sugere um ambiente de sofisticação e simplicidade. O projeto busca traduzir o conceito do empreendimento.
A junção de dois salões contíguos deu origem a três espaços com atmosferas distintas: o salão principal, um espaço intimista e o tradicional sushi bar. O salão de maiores dimensões possui uma mesa coletiva com desenho sinuoso que estimula a interação entre as pessoas. Já o segundo ambiente, um túnel de madeira, tem caráter intimista, com mesas de dois ou quatro lugares, onde o cliente vislumbra o exterior pelo rasgo da fachada. O túnel é estruturado através de uma sucessão de pórticos que definem sua geometria que é revestida por ripas de madeira cumaru. Ao fundo está localizado o sushi bar, com bancada em corian, de onde se pode observar a preparação dos pratos.
Os principais materiais de revestimento – o cobre oxidado e a madeira – foram escolhidos devido à inspiração no universo da pesca e na ação do tempo nos materiais utilizados em barcos e navios. Os ladrilhos hidráulicos utilizados no piso são feitos artesanalmente e garantem a neutralidade necessária para que os tons de madeira e os tons esverdeados do cobre sejam destacados.
Essa casa de fim de semana foi projetada para um casal e seus três filhos jovens em um terreno com acentuado declive situado numa reserva de Mata Atlântica. O programa foi distribuído em níveis que se adaptam ao terreno e conformam um percurso interno que tem como ponto de partida a praça de acesso e como destino o terraço, de onde se avista o mar.
O projeto apresenta uma setorização clara: o grande volume do primeiro pavimento, envelopado em madeira, abriga as suítes dos filhos e hóspedes; o terraço abriga a suíte máster e áreas de convívio. Essa organização espacial flexibiliza o uso da residência, já que o terraço foi pensado como um pavilhão autônomo preparado para receber o casal, de modo que é possível manter fechado todo o primeiro pavimento no caso de uma viagem a dois.
Há o desejo de conferir certa ambiguidade aos espaços, diluindo os limites entre o “dentro” e o “fora”. No térreo, o amplo hall de entrada permite que o paisagismo invada a escada como um gesto que põe em questão as fronteiras entre interior e exterior. No terraço, a abertura dos grandes planos de vidro proporciona total integração com a área externa de onde se vê o mar e as copas das árvores. Assim, é possível ampliar a experiência de habitar, utilizando tanto estratégias que protegem o abrigo construído, quanto as que tornam possível que o morador usufrua a vivência integrada à natureza existente.
Assista ao vídeo produzido pelo portal Galeria da Arquitetura.